A “não violência”, é uma das sugestões de conduta citada por Patañjali (pai do yoga). No início qualquer regra me deixava raivoso, como se as regras me tivessem podado , limitado minha criação e meu livre arbítrio. A regras me eram impostas, seguir sem saber de onde viriam ou para que serviriam.
Dois pontos importantes os quais tive contato. O primeiro, descobrir as coisas por si é de suma importância, ou seja, a verdade só pode ser assimilada se apreendida por mim. Para que qualquer atitude ganhe espaço dentro de mim, deve ser descoberta por mim. Só assim ela pode ser alocada em um lugar que faça sentido. O segundo, mesmo o mundo já existindo, deve ser criado por mim. Ou seja, o mundo já colocado a mim, deve ser uma criação minha, para também ter lugar dentro da experiência interna. Pois a experiência interna é um mundo único e precisa ser criado por mim mesmo.
Assim, um processo de aceitar uma simples sugestão vinda de Patañjali e do Yoga, como esse aspecto da “não violência”, passa primeiro por uma negação. Para depois ser redescoberto e assimilado, com as suas devidas experiências e referências internas. Sempre em relação ao meu processo de experimentar o mundo. Diferente de apenas acatar uma sugestão ou regra vinda de outro mundo, diferente do meu.
Outro ponto importante é sobre o limite. O pai dá limite, a mãe acolhe. Limite e acolhimento. Um restringe, o outro recebe tudo o que chega. A mãe recebe a vida nova e a carrega, está pronta para receber. Masculino e feminino. A princípio não queremos limites, não queremos regras, nada que possa podar. Na realidade temos um limite muito bem definido, o corpo. A sensação de não ter limite, como o que se quer experimentar ao meditar, ou com o yoga, são buscas que olham para o lado oposto ao aspecto masculino, deixam o masculino de lado. Masculino é o limite. Quando mais longe do corpo estiver, mais o masculino está negligenciado. Até quando a experiência dura sem um desses dois aspectos? Até quando uma vida é fluida sem regras? Uma meditação ou yoga verdadeiros, querem relacionar bem essas duas energias, masculino e feminino. O limite do corpo é indispensável para esse equilíbrio. A “não violência” é uma regra que tem haver com o corpo, com os limites, com a energia masculina.
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