Meditação além ou imediato? Posso ver duas formas de meditar, uma que espera tudo resolver como um passe de mágica. A segunda, não espera, e sim encontra-se no presente. Como experimentador da meditação, é possível perceber a si mesmo, a depender qual meditação lhe agrada ou perceber qual delas lhe traz repulsão. Certo que, acreditar que uma resposta virá, e para tanto basta fazer nada, é muito confortante. Também estar totalmente enraizado no momento presente pode ser mais sóbrio e real, sem os delírios de agentes externos salvadores, entretanto pode ser um pouco duro. Mesmo sem um salvamento futuro, uma pitada de relaxamento é importante, um toque de mistério, o que pode ser saber da falta de controle que a vida apresenta. Controle e confiança, parecem opositores. Como exemplo próprio, tento confiar e estar presente, o que parece contraditório. Porém, se a vida é misteriosa, nossa forma de pensar também pode ser, assim de acordo com a vida, somos incapazes de entender tudo do mundo externo e interno. Como a vida pensa? Como ela deveria comportar-se? E assim, como deveríamos comportar-nos? A meditação pode levar a perceber esses pontos sem resposta, trazendo o meditador para um lugar de mistério, com mais poesia, o trabalho do dia a dia deveria ser uma grande poesia.